quinta-feira, 2 de março de 2017

Vila Nova se elimina e Vasco avança na Copa do Brasil


Em mais um jogo fraco da equipe cruzmaltina, desta vez pela Copa do Brasil, Vasco conta com a sorte e, no erro do zagueiro Brunão aos 39’ do segundo tempo ao cabecear uma bola contra seu patrimônio que foi completada também numa cabeçada de Wagner que marcou, o time da colina fez 2x1 e se classificou para o mata a mata da competição.

O Vila Nova que quase não viu bola no primeiro tempo, dominou o segundo. Mas o volume maior de jogo do Vasco na primeira etapa esbarrou, mais uma vez, na falta de qualidade nas finalizações. O primeiro foi marcado em um golaço de Thalles, que “acordou para a vida” após ter a sombra de Luiz Fabiano, recém contratado. Depois, em um pênalti duvidoso de Gilberto que, segundo o árbitro Leandro Pedro Vuaden - conhecido pelos torcedores vascaínos por “dificultar” a vida do time sempre que apita suas partidas – impediu a trajetória da bola com o braço (que estava colado no corpo, vale ressaltar), o time goiano chegou ao empate.


Atuação vascaína

Mais uma vez o técnico Cristóvão Borges não conseguiu repetir a escalação do time. Desde que assumiu, isso nunca aconteceu. Com isso, o comandante que não conta com o apreço da torcida, fez os vascaínos sofrerem mais uma vez. Um time completamente irregular, sem um padrão de jogo aparente, o time segue sem convencer.

Desanimado e frustrado, pois muitas contratações foram feitas pela diretoria neste ano, o torcedor pede a saída do treinador, afirmando que ele, Cristóvão, é o único culpado pelo desempenho duvidoso que a equipe vem tendo até aqui.

Mesmo sendo um grupo em formação, a paciência do torcedor vascaíno, que nunca foi grande coisa, começa a se esgotar. Vale lembrar que o treinador de 57 anos saiu do Vasco em 2013 com um aproveitamento mediano. Depois passou pelo Bahia, Fluminense, Flamengo, Atlético Paranaense e Corinthians, não tendo o seu trabalho contestado apenas na equipe baiana.

Entretanto, o presidente Eurico Miranda tem histórico de “bancar” seus treinadores, mesmo com desempenho ruim (Lembram do Celso Roth, né?). Uma das principais críticas da torcida, além da falta de padrão tático e técnico da equipe são as alterações que Cristóvão realiza durante as partidas, muitas das vezes sem lógica de acordo com o torcedor. É muito comum ouvir a galera gritando “burro” sempre que o treinador “comete” uma substituição durante os jogos do Vasco.


Minha opinião

Para mim, que engrosso o coro da torcida em relação ao técnico, o Vila Nova se eliminou nesta partida de 1º de março. Senão fosse o erro do zagueiro, nunca acharíamos aquele gol, e pênalti é loteria, poderia passar qualquer um dos dois. A falta de constância, equilíbrio, padrão, qualidade e as substituições inexplicáveis são culpa do técnico. Com um elenco destes, ficar sofrendo todo jogo e contar com o azar do adversário para vencer é, no mínimo, um mal presságio do que estar por vir se o treinador permanecer no cargo.

Não sou fã do Eurico, mas admito que com a equipe que ele montou este ano não é para sofrermos assim, principalmente contra adversários com menos expressão. No Carioca sofre para ganhar dos pequenos, na Copa do Brasil idem, imagina no Brasileirão? Dá não. Continuar com o Cristóvão no comando é jogar todo o investimento realizado para qualificar a equipe pelo ralo. Há alguns anos não tínhamos tanta esperança em um plantel do Vasco, mas o problema está naquele que nem entra em campo, fica no banco de reservas quieto, sendo gentil e sem saber o que fazer.

O próximo adversário do Vasco na CB será o Vitória, com jogo de ida e volta. Se sofremos para ganhar do Vila Nova.... Enfim, só nos resta torcer: 1) pela vitória do Vascão, sempre! 2) pela saída do técnico. Não precisamos ser eliminados da CB ou perder o Tri Carioca para entender que Cristóvão Borges não é qualificado para a função, o retrospecto dele neste ano já diz:

Flórida Cup:
2 vitórias (2x1 Barcelona – Ecu, 1x0 River Plate)
1 derrota (1x4 Corinthians)
1 eliminação
Gols pró: 4
Gols sofridos: 5

Carioca:
3 vitórias (Bangu 1x3, 2x1 Resende, 1x0 Portuguesa)
3 derrotas (3x0 Fluminense, 1x0 Volta Redonda, 1x0 Mulambos)
1 eliminação
Gols pró: 6
Gols sofridos: 7

Copa do Brasil:
2 vitórias (2x0 Santos de Arapiraca, 2x1 Vila Nova, sendo que uma delas, o Vila Nova deu para gente)
Gols pró: 4
Gols sofridos: 1

Total até agora:
Jogos: 11
Vitórias: 7
Derrotas: 4
Eliminações: 2
Gols pró: 14
Gols sofridos: 14


Pode não ser o pior aproveitamento, mas está longe de ser o melhor. Quando ganha é apertado, quando enfrenta adversários considerados grandes, leva goleada. Ainda tem as substituições doidas...

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Vasco: duas versões em um jogo

Alecsandro marcou os dois gols que selaram a virada vascaína no Engenhão

No clássico de ontem contra o Fluminense o torcedor vascaíno pode ver as duas versões do seu time. No primeiro tempo, o desprazer de assistir um time desorganizado (mais por culpa do treinador, que inventou um novo esquema tático, que do time em si), tendo que suportar a pressão do adversário que possui três jogadores que fazem a diferença e sabem jogar: Thiago Neves, Deco e Fred, que estavam desequilibrando, e assistindo um festival de passes errados e nervosismo por parte dos cruzmaltinos, que levavam um banho de técnica, tática e disposição.

E por falar em meio campo, com Cristóvão é 8 ou 80. Ou joga com três volantes e bem recuado, indo somente “na boa” ou com um volante apenas e, supostamente, mais avançado, o que não ocorreu graças a inércia do argentino e o nervosismo de Bernardo. Com Nilton, Chaparro, Felipe e Bernardo, a meiuca do Vasco não deu trabalho tanto ofensiva quanto defensivamente para os tricolores. Eficácia zero. Golaço de Thiago Neves tabelando com Fred, penetrando em uma defesa frágil, sem proteção.

Na volta para o segundo tempo o treinador vascaíno sacou Chaparro do time (que não aproveitou mais uma chance dada) e colocou Willian Barbio, que pode não ser brilhante tecnicamente, mas deu trabalho a zaga do Fluminense e abriu espaço para o até então anulado Fagner, em sua primeira boa aparição, cruzar para Alecsandro empatar. A principal mudança foi na postura dos jogadores, que entraram determinados, entendendo como encontrar os espaços necessários.

Com o empate, os vascaínos se animaram e aos 32 min. Diego Souza cobra escanteio para mais um gol de Alecsandro, que se antecipou à zaga tricolor e cabeceou para a meta de Cavalieri. Vasco 2x1 de virada, a primeira do ano.

E o torcedor vascaíno pode perceber que pode ter um time medíocre ou um mais brilhante, com garra e determinado a vencer. Assistiu a um péssimo time no primeiro tempo, apático e perdido em campo e sem vontade.

Quando o Vasco resolveu apresentar o que sabe e pode no segundo tempo, o torcedor teve de volta o time dinâmico, do futebol inteligente, procurando e achando espaços, agredindo o adversário constantemente e jogando de forma aberta e valente.

Fica a lição de que se pode viver no inferno ou no céu com sua torcida de acordo com a postura adotada em campo.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Com o trem nos trilhos


Com o fechamento da janela de transferências nesta quarta-feira (20). o Vasco, com baixo poder de compra no mercado internacional, vai correndo contra o tempo para se reforçar com jogadores “estrangeiros”. O Gigante da Colina apresentou oficialmente hoje o atacante Kim, que estava no Al-Arabi, do Qatar, desde 2008 e agora luta para trazer também o zagueiro Victor Ramos, do Standar Lièdge, da Bélgica, além do experiente zagueiro Renato Silva. Aliada a esses dois reforços, o cruzmaltino conseguiu a manutenção de Éder Luis, Fellipe Bastos e Eduardo Costa. E claro, o retorno do Reizinho, Juninho Pernambucano.


Voltando os olhos para o mercado nacional, muitos jogadores já vem atingindo os sete jogos, o que impossibilitaria uma possível transferência. E ainda há poucas, mas algumas carências no elenco atual vascaíno.


Na minha opinião, a diretoria vem fazendo um bom trabalho mantendo a base e reforçando os setores mais carentes. Apesar de termos a melhor dupla de zaga do Brasil, ao olhar para o banco de reservas, me dá calafrios em pensar na possibilidade de ver Fernando atuando. Mesmo não sendo titular nos últimos anos em seu clube, contar com Victor Costa no banco já é um alívio.


As laterais precisam de reforços. A saída de Ramon deixaria Márcio Careca sozinho na esquerda. Mas a diretoria se mexeu logo e trouxe Julinho, do Avaí, que ainda prefiro não opinar. Na direita, Fágner, em bom nível, está entre os melhores do país. E Allan dá conta do recado quando joga improvisado na posição. Ainda tem o argentino Irrazábal e Max (argh) para a posição.


A zaga titular é a melhor dupla do Brasil (não me canso de repetir). E pode até dispensar Fernando, e deixar meu coração mais ameno. O meio está muito bem servido, obrigado. Apesar de eu sempre defender Diego Souza, que acredito que ainda renderá o que se espera, mereceu ir para o banco. Juninho caiu como uma luva (alguém tinha dúvidas?) e Rômulo vem jogando muito bem. E Bernardo quando entra também deixa sua marca, colocando fogo no jogo.


E o ataque é a maior preocupação da torcida. Éder Luís ainda tem lenha para queimar com a torcida. Decisivo em partidas importantes. Mas Alecsandro vem sendo titular com o nome (qual???) e no banco a única esperança é Élton, que me irrita por ser especialistas em dois quesitos: faltas e impedimentos. Será que Kim aliviará nosso sofrimento? Aguardemos. Porém melhor que Alecsandro aposto 10 por um que será melhor que o cone. E Leandro, apesar de pouco espaço no time principal, também não estimula grande expectativa na torcida.


A diretoria está fazendo bem o seu papel. Só espero três ou quatro grandes nomes para a disputa da Libertadores 2012. Este ano, este elenco, dá muito bem “para o gasto”. Podendo até surpreender no brasileirão e disputar o título. Sul-americana temos time para levar o caneco. Após anos de sofrimento, acredito que o Trem Bala da Colina está de volta ao trilhos rumo as grandes conquistas.


Depois volto. Quero falar também de estrutura.



Até a próxima!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Minhas impressões da final: Vascão campeão!


Passei um bom tempo olhando para a folhinha branca do Word tentando começar a escrever esse post. Não que estou sem ideias, mas sim por serem muitas. Resolvi contar minha emoção ontem, durante os 90 minutos de jogo.


Estava super confiante no título do Vasco na Copa do Brasil 2011, mas sabia que seria pedreira, e foi! Nos meus pitacos como “técnico e comentarista de futebol”, o cruzmaltino teria que fazer um gol até os 20 minutos do primeiro tempo e segurar o ímpeto do Coritiba na base da marcação no meio de campo para frente. O gol saiu aos 11 numa letra?!?! de Alecssandro que interceptou um “chute-torpedo-cruzamento” de Éder Luis. Cenário perfeito e Vasco campeão, na minha percepção de jogo perfeito e tranquilo. Mas os jogadores estavam perdidos! Os do Coxa pareciam dopados, correndo mais que Usain Bolt e a pressão resultou na virada do time verde e branco ainda no primeiro tempo, num placar nada animador, além claro da pressão doida do time paranaense.


O juiz matando vascaínos de raiva, invertendo faltas, marcando outras inexistentes, distribuindo cartões amarelos como um doido para os jogadores vascaínos não contribuía. Segundo tempo e a tensão aumentava. Mas desta vez Éder Luis deixava 16 milhões de torcedores mais tranquilos aos 12 minutos. Nos minutos em diante, os dois times colocaram o coração na ponta da chuteira e partiram para a guerra. Willian colocaria o Coxa novamente à frente no placar aos 21 e a partir daí meus amigos, sofrimento multiplicado por 10000.


Mas os vascaínos que tem na média a minha idade (27 anos) estão acostumados com o sofrimento. Foi assim nas duas partidas finais do Brasileirão de 1997; na semifinal da Libertadores em 1998 no Monumental (Gol do Juninhooooooooooo); e principalmente na Mercosul de 2000, a virada histórica de 4x3 em cima do Palmeiras no Parque Antártica.


Ao apito final do árbitro o grito de campeão - guardado há oito anos na garganta - não conseguiu sair. No chão de joelhos, como quem tira o peso de uma tonelada das costas, saíram foram minhas lágrimas. Oito anos de lágrimas guardadas, sofrendo com diretorias e times medíocres, com zuação de adversários, rebaixamento e todo o resto. Lágrimas que, junto com o título, lavaram a alma de todos os vascaínos! Depois que consegui me levantar, aí sim, a alegria reinou! Com o coração quase explodindo de emoção, extravasei todo meu amor pelo Clube de Regatas Vasco da Gama. Pulando, gritando, abraçando os irmãos sul-paraibanos, e saindo em carreata.


Que noite meus amigos! Estava morrendo de saudades de noites como a de ontem. Eu era tão acostumado a noites como estas, tenho certeza, que a conquista da Copa do Brasil será o divisor de águas para voltarmos a escrever novas histórias gloriosas. Sofrimento agora é página virada!


Parabéns aos guerreiros vascaínos que lutaram e jogaram por nós! Ao goleiro Fernando Prass, meu MUITO OBRIGADO maior! Pois você muralha da colina, é o símbolo máximo de mais essa virada histórica na história do Vascão!


“(...) O Vasco é minha vida, minha história e meu primeiro amigo. E quem não me conhece me pergunta porquê eu te segui (porque eu te amooooooo). Eu trago a Cruz de Malta no meu peito desde que eu nasci! (...)”

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Vitória incontestável e o orgulho de volta


É galera. Ontem foi esse o sentimento. Para quem viu times campeões do Gigante da Colina como eu – os de 1997 até 2000 – teve de volta o orgulho de ser vascaíno que há anos estava adormecido. Com um futebol envolvente e empolgante, o time cruzlmaltino concretizou sua vaga na final da Copa do Brasil, contrariando adversários, matemáticos e outros secadores de plantão. Deu gosto de ver o Vasco jogar!


Todo o time jogou de forma esplêndida. Mas vale o merecido destaque para Dedé, Eduardo Costa, Felipe, Éder Luis e principalmente Diego Souza, que justificou a confiança da diretoria e da torcida em sua contratação e deu um verdadeiro show durante os 90 minutos da partida contra o Avaí.


Durante a partida tive a sensação de estar vivendo novamente os anos mais vitoriosos do Gigante da Colina. E que sentimento gostoso. Ver o Vasco jogando com tanta autoridade trouxe a tona na memória os melhores sentimentos quanto ao time que nasci torcendo.


Agora é baixar a empolgação e concentrar para os dois jogos finais da Copa do Brasil que podem declarar o fim de anos de um verdadeiro inferno para nós torcedores da Cruz de Malta. Dois jogos apenas para devolver ao Clube de Regatas Vasco da Gama o seu posto merecido, de time campeão, entre os melhores do país e das Américas, afinal, será nossa chance de voltar aos grandes campeonatos que estávamos acostumados a disputar. Passou da hora de retomar nossa vitoriosa história.


A hora da grande virada na história vascaína é agora. Afinal, derrotas são rapidamente esquecidas quando um time está cercado de glórias.


Vamos com tudo!


Até a próxima!

domingo, 15 de maio de 2011

quinta-feira, 7 de abril de 2011

87 anos da Resposta Histórica



"Rio de Janeiro, 7 de Abril de 1924.
Ofício nr. 261
Exmo. Sr. Dr. Arnaldo Guinle
M.D. Presidente da Associação Metropolitana de Esportes Atléticos


As resoluções divulgadas hoje pela imprensa, tomadas em reunião de ontem pelos altos poderes da Associação a que V.Exa tão dignamente preside, colocam o Club de Regatas Vasco da Gama numa tal situação de inferioridade, que absolutamente não pode ser justificada nem pela deficiência do nosso campo, nem pela simplicidade da nossa sede, nem pela condição modesta de grande número dos nossos associados.

Os privilégios concedidos aos cinco clubes fundadores da AMEA e a forma por que será exercido o direito de discussão e voto, e feitas as futuras classificações, obrigam-nos a lavrar o nosso protesto contra as citadas resoluções.

Quanto à condição de eliminarmos doze (12) dos nossos jogadores das nossas equipes, resolve por unanimidade a diretoria do Club de Regatas Vasco da Gama não a dever aceitar, por não se conformar com o processo por que foi feita a investigação das posições sociais desses nossos consócios, investigações levadas a um tribunal onde não tiveram nem representação nem defesa.

Estamos certos que V.Exa. será o primeiro a reconhecer que seria um ato pouco digno da nossa parte sacrificar ao desejo de filiar-se à AMEA alguns dos que lutaram para que tivéssemos entre outras vitórias a do campeonato de futebol da cidade do Rio de Janeiro de 1923.

São esses doze jogadores jovens, quase todos brasileiros, no começo de sua carreira e o ato público que os pode macular nunca será praticado com a solidariedade dos que dirigem a casa que os acolheu, nem sob o pavilhão que eles, com tanta galhardia, cobriram de glórias.

Nestes termos, sentimos ter que comunicar a V.Exa. que desistimos de fazer parte da AMEA.

Queira V.Exa. aceitar os protestos de consideração e estima de quem tem a honra de se subscrever, de V.Exa. At. Vnr. Obrigado


(a) Dr. José Augusto Prestes
Presidente"