Alecsandro marcou os dois gols que selaram a virada vascaína no Engenhão |
No clássico de ontem contra o Fluminense o
torcedor vascaíno pode ver as duas versões do seu time. No primeiro tempo, o
desprazer de assistir um time desorganizado (mais por culpa do treinador, que
inventou um novo esquema tático, que do time em si), tendo que suportar a
pressão do adversário que possui três jogadores que fazem a diferença e sabem
jogar: Thiago Neves, Deco e Fred, que estavam desequilibrando, e assistindo um
festival de passes errados e nervosismo por parte dos cruzmaltinos, que levavam
um banho de técnica, tática e disposição.
E por falar em meio campo, com Cristóvão é 8 ou
80. Ou joga com três volantes e bem recuado, indo somente “na boa” ou com um
volante apenas e, supostamente, mais avançado, o que não ocorreu graças a
inércia do argentino e o nervosismo de Bernardo. Com Nilton, Chaparro, Felipe e
Bernardo, a meiuca do Vasco não deu trabalho tanto ofensiva quanto
defensivamente para os tricolores. Eficácia zero. Golaço de Thiago Neves
tabelando com Fred, penetrando em uma defesa frágil, sem proteção.
Na volta para o segundo tempo o treinador
vascaíno sacou Chaparro do time (que não aproveitou mais uma chance dada) e
colocou Willian Barbio, que pode não ser brilhante tecnicamente, mas deu
trabalho a zaga do Fluminense e abriu espaço para o até então anulado Fagner,
em sua primeira boa aparição, cruzar para Alecsandro empatar. A principal
mudança foi na postura dos jogadores, que entraram determinados, entendendo
como encontrar os espaços necessários.
Com o empate, os vascaínos se animaram e aos 32
min. Diego Souza cobra escanteio para mais um gol de Alecsandro, que se
antecipou à zaga tricolor e cabeceou para a meta de Cavalieri. Vasco 2x1 de
virada, a primeira do ano.
E o torcedor vascaíno pode perceber que pode ter
um time medíocre ou um mais brilhante, com garra e determinado a vencer. Assistiu
a um péssimo time no primeiro tempo, apático e perdido em campo e sem vontade.
Quando o Vasco resolveu apresentar o que sabe e pode no segundo tempo, o torcedor teve de volta o time
dinâmico, do futebol inteligente, procurando e achando espaços, agredindo o
adversário constantemente e jogando de forma aberta e valente.
Fica a lição de que se pode viver no inferno ou no céu com sua torcida de acordo com a postura adotada em
campo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário