terça-feira, 19 de julho de 2011

Com o trem nos trilhos


Com o fechamento da janela de transferências nesta quarta-feira (20). o Vasco, com baixo poder de compra no mercado internacional, vai correndo contra o tempo para se reforçar com jogadores “estrangeiros”. O Gigante da Colina apresentou oficialmente hoje o atacante Kim, que estava no Al-Arabi, do Qatar, desde 2008 e agora luta para trazer também o zagueiro Victor Ramos, do Standar Lièdge, da Bélgica, além do experiente zagueiro Renato Silva. Aliada a esses dois reforços, o cruzmaltino conseguiu a manutenção de Éder Luis, Fellipe Bastos e Eduardo Costa. E claro, o retorno do Reizinho, Juninho Pernambucano.


Voltando os olhos para o mercado nacional, muitos jogadores já vem atingindo os sete jogos, o que impossibilitaria uma possível transferência. E ainda há poucas, mas algumas carências no elenco atual vascaíno.


Na minha opinião, a diretoria vem fazendo um bom trabalho mantendo a base e reforçando os setores mais carentes. Apesar de termos a melhor dupla de zaga do Brasil, ao olhar para o banco de reservas, me dá calafrios em pensar na possibilidade de ver Fernando atuando. Mesmo não sendo titular nos últimos anos em seu clube, contar com Victor Costa no banco já é um alívio.


As laterais precisam de reforços. A saída de Ramon deixaria Márcio Careca sozinho na esquerda. Mas a diretoria se mexeu logo e trouxe Julinho, do Avaí, que ainda prefiro não opinar. Na direita, Fágner, em bom nível, está entre os melhores do país. E Allan dá conta do recado quando joga improvisado na posição. Ainda tem o argentino Irrazábal e Max (argh) para a posição.


A zaga titular é a melhor dupla do Brasil (não me canso de repetir). E pode até dispensar Fernando, e deixar meu coração mais ameno. O meio está muito bem servido, obrigado. Apesar de eu sempre defender Diego Souza, que acredito que ainda renderá o que se espera, mereceu ir para o banco. Juninho caiu como uma luva (alguém tinha dúvidas?) e Rômulo vem jogando muito bem. E Bernardo quando entra também deixa sua marca, colocando fogo no jogo.


E o ataque é a maior preocupação da torcida. Éder Luís ainda tem lenha para queimar com a torcida. Decisivo em partidas importantes. Mas Alecsandro vem sendo titular com o nome (qual???) e no banco a única esperança é Élton, que me irrita por ser especialistas em dois quesitos: faltas e impedimentos. Será que Kim aliviará nosso sofrimento? Aguardemos. Porém melhor que Alecsandro aposto 10 por um que será melhor que o cone. E Leandro, apesar de pouco espaço no time principal, também não estimula grande expectativa na torcida.


A diretoria está fazendo bem o seu papel. Só espero três ou quatro grandes nomes para a disputa da Libertadores 2012. Este ano, este elenco, dá muito bem “para o gasto”. Podendo até surpreender no brasileirão e disputar o título. Sul-americana temos time para levar o caneco. Após anos de sofrimento, acredito que o Trem Bala da Colina está de volta ao trilhos rumo as grandes conquistas.


Depois volto. Quero falar também de estrutura.



Até a próxima!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Minhas impressões da final: Vascão campeão!


Passei um bom tempo olhando para a folhinha branca do Word tentando começar a escrever esse post. Não que estou sem ideias, mas sim por serem muitas. Resolvi contar minha emoção ontem, durante os 90 minutos de jogo.


Estava super confiante no título do Vasco na Copa do Brasil 2011, mas sabia que seria pedreira, e foi! Nos meus pitacos como “técnico e comentarista de futebol”, o cruzmaltino teria que fazer um gol até os 20 minutos do primeiro tempo e segurar o ímpeto do Coritiba na base da marcação no meio de campo para frente. O gol saiu aos 11 numa letra?!?! de Alecssandro que interceptou um “chute-torpedo-cruzamento” de Éder Luis. Cenário perfeito e Vasco campeão, na minha percepção de jogo perfeito e tranquilo. Mas os jogadores estavam perdidos! Os do Coxa pareciam dopados, correndo mais que Usain Bolt e a pressão resultou na virada do time verde e branco ainda no primeiro tempo, num placar nada animador, além claro da pressão doida do time paranaense.


O juiz matando vascaínos de raiva, invertendo faltas, marcando outras inexistentes, distribuindo cartões amarelos como um doido para os jogadores vascaínos não contribuía. Segundo tempo e a tensão aumentava. Mas desta vez Éder Luis deixava 16 milhões de torcedores mais tranquilos aos 12 minutos. Nos minutos em diante, os dois times colocaram o coração na ponta da chuteira e partiram para a guerra. Willian colocaria o Coxa novamente à frente no placar aos 21 e a partir daí meus amigos, sofrimento multiplicado por 10000.


Mas os vascaínos que tem na média a minha idade (27 anos) estão acostumados com o sofrimento. Foi assim nas duas partidas finais do Brasileirão de 1997; na semifinal da Libertadores em 1998 no Monumental (Gol do Juninhooooooooooo); e principalmente na Mercosul de 2000, a virada histórica de 4x3 em cima do Palmeiras no Parque Antártica.


Ao apito final do árbitro o grito de campeão - guardado há oito anos na garganta - não conseguiu sair. No chão de joelhos, como quem tira o peso de uma tonelada das costas, saíram foram minhas lágrimas. Oito anos de lágrimas guardadas, sofrendo com diretorias e times medíocres, com zuação de adversários, rebaixamento e todo o resto. Lágrimas que, junto com o título, lavaram a alma de todos os vascaínos! Depois que consegui me levantar, aí sim, a alegria reinou! Com o coração quase explodindo de emoção, extravasei todo meu amor pelo Clube de Regatas Vasco da Gama. Pulando, gritando, abraçando os irmãos sul-paraibanos, e saindo em carreata.


Que noite meus amigos! Estava morrendo de saudades de noites como a de ontem. Eu era tão acostumado a noites como estas, tenho certeza, que a conquista da Copa do Brasil será o divisor de águas para voltarmos a escrever novas histórias gloriosas. Sofrimento agora é página virada!


Parabéns aos guerreiros vascaínos que lutaram e jogaram por nós! Ao goleiro Fernando Prass, meu MUITO OBRIGADO maior! Pois você muralha da colina, é o símbolo máximo de mais essa virada histórica na história do Vascão!


“(...) O Vasco é minha vida, minha história e meu primeiro amigo. E quem não me conhece me pergunta porquê eu te segui (porque eu te amooooooo). Eu trago a Cruz de Malta no meu peito desde que eu nasci! (...)”

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Vitória incontestável e o orgulho de volta


É galera. Ontem foi esse o sentimento. Para quem viu times campeões do Gigante da Colina como eu – os de 1997 até 2000 – teve de volta o orgulho de ser vascaíno que há anos estava adormecido. Com um futebol envolvente e empolgante, o time cruzlmaltino concretizou sua vaga na final da Copa do Brasil, contrariando adversários, matemáticos e outros secadores de plantão. Deu gosto de ver o Vasco jogar!


Todo o time jogou de forma esplêndida. Mas vale o merecido destaque para Dedé, Eduardo Costa, Felipe, Éder Luis e principalmente Diego Souza, que justificou a confiança da diretoria e da torcida em sua contratação e deu um verdadeiro show durante os 90 minutos da partida contra o Avaí.


Durante a partida tive a sensação de estar vivendo novamente os anos mais vitoriosos do Gigante da Colina. E que sentimento gostoso. Ver o Vasco jogando com tanta autoridade trouxe a tona na memória os melhores sentimentos quanto ao time que nasci torcendo.


Agora é baixar a empolgação e concentrar para os dois jogos finais da Copa do Brasil que podem declarar o fim de anos de um verdadeiro inferno para nós torcedores da Cruz de Malta. Dois jogos apenas para devolver ao Clube de Regatas Vasco da Gama o seu posto merecido, de time campeão, entre os melhores do país e das Américas, afinal, será nossa chance de voltar aos grandes campeonatos que estávamos acostumados a disputar. Passou da hora de retomar nossa vitoriosa história.


A hora da grande virada na história vascaína é agora. Afinal, derrotas são rapidamente esquecidas quando um time está cercado de glórias.


Vamos com tudo!


Até a próxima!

domingo, 15 de maio de 2011

quinta-feira, 7 de abril de 2011

87 anos da Resposta Histórica



"Rio de Janeiro, 7 de Abril de 1924.
Ofício nr. 261
Exmo. Sr. Dr. Arnaldo Guinle
M.D. Presidente da Associação Metropolitana de Esportes Atléticos


As resoluções divulgadas hoje pela imprensa, tomadas em reunião de ontem pelos altos poderes da Associação a que V.Exa tão dignamente preside, colocam o Club de Regatas Vasco da Gama numa tal situação de inferioridade, que absolutamente não pode ser justificada nem pela deficiência do nosso campo, nem pela simplicidade da nossa sede, nem pela condição modesta de grande número dos nossos associados.

Os privilégios concedidos aos cinco clubes fundadores da AMEA e a forma por que será exercido o direito de discussão e voto, e feitas as futuras classificações, obrigam-nos a lavrar o nosso protesto contra as citadas resoluções.

Quanto à condição de eliminarmos doze (12) dos nossos jogadores das nossas equipes, resolve por unanimidade a diretoria do Club de Regatas Vasco da Gama não a dever aceitar, por não se conformar com o processo por que foi feita a investigação das posições sociais desses nossos consócios, investigações levadas a um tribunal onde não tiveram nem representação nem defesa.

Estamos certos que V.Exa. será o primeiro a reconhecer que seria um ato pouco digno da nossa parte sacrificar ao desejo de filiar-se à AMEA alguns dos que lutaram para que tivéssemos entre outras vitórias a do campeonato de futebol da cidade do Rio de Janeiro de 1923.

São esses doze jogadores jovens, quase todos brasileiros, no começo de sua carreira e o ato público que os pode macular nunca será praticado com a solidariedade dos que dirigem a casa que os acolheu, nem sob o pavilhão que eles, com tanta galhardia, cobriram de glórias.

Nestes termos, sentimos ter que comunicar a V.Exa. que desistimos de fazer parte da AMEA.

Queira V.Exa. aceitar os protestos de consideração e estima de quem tem a honra de se subscrever, de V.Exa. At. Vnr. Obrigado


(a) Dr. José Augusto Prestes
Presidente"

segunda-feira, 28 de março de 2011

Enfim, de volta ao reino?

O presidente do Vasco da Gama, Roberto Dinamite, em entrevista ao Globoesporte.com confirma a vinda de Juninho para a Colina no meio do ano. O contrato do meia com o Al Gharafa do Qatar termina em junho. Dinamite afirma que as bases do contrato do jogador com o clube de São Januário já estão prontas e que uma parceria com a empresa Penalty, fornecedora de material esportivo do clube, garante o acordo, sendo que o compromisso financeiro do clube seria mínimo nessa transação. O presidente afirmou ainda que o projeto para repatriar o ídolo da torcida vascaína vai além: quando aposentar as chuteiras, Juninho Pernambucano continuará no Vasco, exercendo alguma função dentro do clube. Nas palavras do presidente, só falta o “sim” do jogador.

Agora vamos analisar com calma. Claro que dirá sim, mas: Juninho já tem 36 anos e vem jogando no Qatar há duas temporadas, onde todos sabem que é somente um jogo por semana e não há treinos. O clube vem tentando há anos, sem sucesso, repatriar o jogador. Quando o Vasco caiu para Série B, Juninho estava deixando o Paris Saint Germain e preferiu seguir para o mundo árabe. As eleições para presidência no Gigante da Colina se aproximam, e Juninho mexe com o orgulho da torcida, boa cartada para Dinamite, que tentará reeleição.


A favor do jogador fica a sua indiscutível posição de ídolo da torcida por tudo que fez e conquistou pelo Gigante da Colina. O amor do jogador pelo time da Cruz de Malta também não se discute. Apesar de ter preferido outros caminhos quando o Vasco mais precisava, Juninho pensou em si, sua família e sua carreira, vitoriosa por onde passou. Poderá não estar em sua melhor forma física, mas é dedicado em campo, assim como Felipe, sempre tira da manga um lançamento, um passe magistral ou uma falta bem batida, desequilibrando qualquer jogo, como fazem os craques.


Não acredito que seja por dinheiro ou simpatia política pelo presidente. Juninho sempre planejou bem sua carreira e sabe que a hora de parar se aproxima. Comenta-se que o meia teria exigido pouco para sua volta, e uma das solicitações seria que o Vasco montasse um elenco competitivo, o que hoje é realidade.


Pelo sim e pelo não, ídolo é ídolo, assim eu penso. Ele pode não jogar todas as partidas; pode ajudar Dinamite a se reeleger; pode (e deve) ter sim um cargo no Vasco após sua aposentadoria. O que passou, passou. Não guardo mágoas. E se alguém ainda quer medir se é boa ou não a volta do Reizinho da Colina, afirmo sem medo de errar que o Vasco só tem a ganhar.


Serão vendidas mais camisas. A torcida comparecerá em maior número aos estádios. Contagiaria o grupo. Ensinará os menos experientes. Trará maior segurança ao time. Na boa? O reizinho tem muito que contribuir com o atual time do Vasco. Não acredito que um craque desaprenda a jogar. Felipe, quando retornou na mesma situação, e há mais tempo no mundo árabe que Juninho, também sentiu a diferença, mas já se enquadrou e vem desequilibrando. Por fim, acredito que Ricardo Gomes ganhará um grande jogador, a torcida terá seu orgulho elevado ao nível máximo novamente e o time um ímpeto a mais no campeonato mais difícil do mundo, o Brasileirão.


Volta reizinho!!!!!


Até a próxima!

domingo, 20 de março de 2011

Vai dar funk!

Desculpem o sumiço galera, mas estou de volta! E meu retorno não poderia ser melhor, com uma vitória do nosso Vascão em um clássico. E que excelente triunfo. Mas não quero falar do jogo, afinal, vascaínos que entram em blogs de vascaínos são fanáticos, e já sabem, viram e leram sobre os 2 x 0 no botinha. Vamos ao que realmente interessa.

Há alguns anos não via o Vasco com um elenco qualificado como o atual. Sempre lutei contra a afirmação de que dizem alguns desde 2009 até hoje que tínhamos um bom elenco. Agora sim, temos um bom elenco. E com esse plantel daremos muito trabalho no brasileirão. Diego Souza tem tudo para se tornar o ingrediente que faltava para o time e ser o novo Edmundo do nosso time da virada, como definiu bem em sua coluna o meu amigo Portuga, em seu Boteco.


Mas nem Edmundo ganhou títulos sozinho pelo Vasco. Vamos analisar aqui os jogadores que considero que elevaram o bando que tínhamos para o patamar de um elenco de respeito. Além do já citado Diego Souza, que com sua entrega dentro de campo e a sua indisposição por derrotas contagiar todo o time, o jovem Bernardo encaixou como uma luva. Pouca idade mas muita raça, combinados com sua grande habilidade com a redonda, Bernardo é o elo perfeito do meio com o ataque. O meio-campo está bem formado, e o experiente Felipe, que está fazendo passes e lançamentos primorosos e deixando seus companheiros na “cara do gol”, ainda ajuda o jovem camisa 31.


Éder Luis não anda de bem com o gol, mas para seu lugar temos Élton, que divide opiniões, e se quer saber a minha, ele é um grande enganador; Leandro, que justifica seu vulgo de guerreiro e é meu preferido para a posição; Alecssandro, que chegou agora mas é matador, aguardemos ele em campo; e Misael, que não perderei meu tempo aqui. Além disso, DS10 pode ser improvisado na posição.


As laterais estão bem servidas, principalmente pelo lado direito. Fagner sempre jogou bem, não há o que discutir também. O Mito da Colina e Anderson Martins seguram bem na zaga e Prass anda dando uns sustos na torcida mas não compromete a longo prazo. Só tenho que implicar com Eduardo Costa. Esse é maluco e bate até na mãe se a pobre em campo entrar. E enfim, temos um técnico inteligente e que monta esquemas táticos modernos.


Meio do ano, divisor de águas!


Agora vamos parar de treinar e vamos pro jogo! O grande problema do Vasco para o campeonato brasileiro deste ano será quando abrir a próxima janela européia de negociações. Podemos perder alguns jogadores importantes como Éder Luis e o que seria pior, Dedé. Não adianta esse papo do Rodrigo Caetano de que o clube não sobrevive sem a venda de jogadores para justificar uma possível saída do Mito. Até entendo, mas acho desnecessário agora. O Vasco enfim tem um grande elenco que resgatou uma esperança de dias melhores em sua torcida (isso aconteceu comigo, e com vocês?). Perder peças principais se tornará um problema ainda maior se estas não forem repostas à altura, e mais uma vez lá se vai a possibilidade de sonhar com algum título importante. Portanto, reforcem o elenco, e se for perder alguém, reponham.


Em um quadro ideal, para mim, seria o Vasco ganhar o Carioca em cima dos mulambos para dar moral para chegar no brasileiro, mas priorizar a Copa do Brasil. Ganhando esta última, a diretoria se sentirá obrigada a reforçar ainda mais o grupo, com isso, os dias de glória voltarão, e os ventos da felicidade soprarão novamente na Colina. Em 2012 jogaremos mais uma Libertadores, chegando pelo caminho mais fácil.


Com o time atual não vejo dificuldades em conseguir essas duas conquistas. Sinceramente, acredito mesmo que podemos dizer: “Agora vai”. Esse time tem tudo para “dar funk”.


“Uh, vai pra cima! É o trem bala da Colinaaaaa”...

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Menos política e mais futebol

Já não é de hoje que uma crise assola o Vasco da Gama. Há anos o clube tem o “poder” de criar suas próprias crises. Elas surgem internamente, muitas vezes, quase sem explicação. Não é regra somente da diretoria atual, a gestão do presidente anterior também tinha esse péssimo “dom”. No fim das contas, quem perde é a instituição e os torcedores.


Não sou nenhum aficionado pela política do clube. Para falar a verdade, como só escrevo como torcedor, retirando a minha vestimenta de jornalista, e que acompanha de longe o que acontece com o clube e com o time, sem o privilégio de jornalistas esportivos que cobrem o Gigante da Colina, só sei o que a imprensa passa, e posso me dar o direito em opinar sobre o assunto.


E lá vai a opinião deste torcedor blogueiro (não leia em hipótese alguma jornalista): O Vasco precisa de uma diretoria que trabalhe para o time e pela instituição. Precisamos de dirigentes sérios, comprometidos somente com resultados. As pessoas que gerenciam a instituição devem ter a única preocupação de formar um time vencedor.


Desde que Eurico Miranda e Dinamite travaram guerras sobre a política do clube, o torcedor passou a ter ainda mais essa preocupação, quando na verdade, na minha humilde opinião, deveria se preocupar somente se o time ganhou ou perdeu, se vai chegar ao título ou não. E se a resposta for negativa, cobrar empenho do time ou cobrar reforços da diretoria e ponto final, sem levantar bandeira de político algum e debater o que não deveria nem estar em sua pauta.


O que mais se vê hoje em dia é torcedor do Vasco discutindo sobre as eleições do clube. Briguinhas inúteis que não levam a nada. A torcida fica se dividindo entre grupos de candidatos A, B ou C. Essa guerra idiota de grupos políticos enraizou-se na torcida e esta está rachando aos poucos. Acredito que nenhum torcedor deixará de ser vascaíno se o candidato a quem é simpático sair derrotado das eleições. Porém, independente do resultado nas urnas, o debate político será ainda mais alimentado, principalmente quando os resultados em campo são ruins, e o clube também sai perdendo nesta.


Quando Eurico candidatou-se, a torcida o embalava, daí vieram os maus resultados, e o herói fez-se vilão. O salvador seria Dinamite, e mais uma vez o efervescente debate político aflora; este ganhou nas urnas, mas os títulos também não vieram. Para mim, isso só demonstra que as prioridades do torcedor estão, no mínimo, distorcidas. Pode parecer até contraditório agora, visto que várias críticas foram feitas neste mesmo blog à administração atual, mas independente de quem ganhe as eleições ou esteja na gestão do Clube de Regatas Vasco da Gama, desejo que passe despercebido perante as conquistas do time. Estou me excluindo o direito aos posts com críticas aos políticos da instituição neste momento. O brilho deve ser somente para a instituição e para um elenco vencedor. Presidente nenhum entra em campo, seja para ajudar ou atrapalhar em uma partida. O que quero mesmo é uma diretoria comprometida somente com títulos. Não quero ficar escrevendo sobre os homens de terno e gravata e sim sobre os de chuteira. Fiz esse blog no intuito de falar sobre o time, o clube, e não sobre homens que nem vejo bater um lateral sequer quando estou sofrendo ou comemorando um resultado do TIME em campo.


Chega de se preocupar com quem não deveria nem ser conhecido pelo torcedor. Quero escrever sobre o time, e que os holofotes estejam sempre voltados para as estrelas do gramado, e não para as sociais.


Saudações vascaínas!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Voltando a sorrir!

E o Vasco voltou a vencer. Uma vitória convincente ontem contra o Americano em São Januário serviu para dar ânimo à equipe que estava cabisbaixa e apática. Boas atuações de jogadores que vinham mal, como Fernando Prass (que pegou até pênalti) , Dedé (que fez um golaço de falta) e Ramon (que acertou cruzamentos e saiu aplaudido pela torcida) demonstram que o time caminha para se acertar em campo. Na partida já deu para perceber também que o rápido trabalho de Ricardo Gomes já faz efeito; o time teve mais disciplina tática e o melhor; vontade de vencer.

Nada como uma vitória convincente para acalmar o elenco e dar um pouco de sossego para a torcida, que levou faixas de protesto para a partida pedindo jogadores de peso e, principalmente, para a diretoria “Pensar grande e agir como gigante”. Nada mais justo pelo momento que estávamos enfrentando.


O time enfim reencontrou o caminho das vitórias. Mas ainda não é um grande elenco. Para o Carioca pode ser que “dê para o gasto”, não mais que isso. A vitória de ontem já nos deixa com um esboço de alegria; um sorriso maroto no canto da boca. O Vasco é maior que isso. A torcida quer soltar o grito de campeão entalado há anos, e para tal, um elenco que condiz com o tamanho do clube se faz necessário e urgente.



No mais, espero que ontem tenha sido o início da reviravolta do time da virada!


Saudações vascaínas!

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Chovendo no molhado

Abro esta coluna com a seguinte declaração: “Não adianta querer procurar desculpas para a incompetência. A raiz dos problemas está na falta de amor ao Vasco. As pessoas que estão lá não possuem amor à instituição. Apesar da necessidade de ser profissional, isso não é uma empresa, é um clube. Precisa ter paixão, se envolver, renunciar algumas coisas pelo bem do clube. Faz parte do processo e isso não é feito pela atual administração”. Gostei mesmo quando li. Foi dada por Eurico Miranda, ex-presidente do Vasco em entrevista ao UOL, e pode ser conferida na íntegra clicando aqui.


Não estou fazendo campanha para A ou B aqui. Não preciso disto. Mas não há o que questionar na declaração do ex-presidente. O momento atual reflete isso. Logicamente, no futebol moderno, os clubes tem que se transformarem em empresas para serem competitivos. Porém o Vasco hoje é um modelo a NÃO ser seguido. Não é uma empresa, e sim um instrumento para que empresários e outros lucrem. Não se preocupam com a instituição. O Sr. Carlos Leite, por exemplo, é o empresário de diversos jogadores do elenco atual, e vai aumentando seu leque com os jogadores da base. O que o Vasco está ganhando com isso? Nada!


O discurso da atual administração mudou assim que assumiram. Antes era fila de investidores, jogadores de renome e títulos. Agora, a culpa de fulano, pegamos o clube quebrado, vamos melhorar, o time é bom. Nada disto! Se insistem tanto em dizer e comparar com a administração anterior, mostrem o que fizeram para mudar isso. Acumulamos vergonhas e recordes negativos. Não conseguimos ganhar do Volta Redonda em São Januário. Temos um time que beira o medíocre. Desrespeito de jogador com o presidente. Enfim, poderia ficar aqui enumerando dezenas de problemas que nada transformaria essa administração melhor ou pior que a anterior. Se desejam comparar, veja na matéria do UOL citada acima o número e a importância dos títulos do Vasco quando Eurico Miranda era dirigente do clube e tirem suas próprias conclusões.


O Vasco está sucateado. Pior do que toda a devastação feita até então é não ter perspectivas de melhora. Eurico afirma que é preciso “renunciar algumas coisas pelo bem do clube”. Para mim, isso nada mais é que fazer o pequeno “esforço” de deixar de pagar dívidas para montar um elenco decente. Dívidas dos clubes cariocas são praticamente impagáveis. Há 11 anos atrás o Vasco era o mais temido do Brasil, com um elenco estelar que ganhava tudo, favorito em qualquer competição que entrava. Hoje o time do Vasco é bônus. São três pontos garantidos para os rivais. É o time pequeno com história de grande. Apequenaram o time e agora o fazem com a instituição. E não demonstram nem um esboço para mudar esse quadro.


O sonho de ter um ídolo na presidência virou o pior pesadelo da vida dos vascaínos. Os que lá estão judiam de quem está na arquibancada. Eles moram em apartamentos de luxo, muitos dos responsáveis pela “profissionalização” da gestão do clube nem vascaínos são. Eles não sofrem como a torcida. Não viram alvo de chacotas dos rivais. Mas criticar essa atual gestão já é o mesmo que “chover no molhado”.


Sem perspectivas, lamento que possa estar assistindo ao início do fim de um clube que já deu tantas alegrias a sua torcida. Contribuiu como nenhum outro ao futebol. Mas que está tendendo a se tornar apenas história se uma atitude de amor a instituição não for tomada. Se vira Dinamite. Ou apenas admita que falhou e não tente a re-eleição.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Vasco x Voltaço: Temporada 2011 começando

Pode não valer mais nada em relação a classificação na Taça Guanabara, mas o jogo de hoje tem grande importância para a re-habilitação do Gigante da Colina. O Vasco enfrenta o Volta Redonda em São Januário após 3 rodadas fora de sua casa e 4 derrotas seguidas, a última para o arqui-rival.

O jogo desta quinta-feira (03) acontece as 19h30min contra um adversário vizinho da tabela. O cruzmaltino em último com nenhum ponto enfrenta o também sem perspectivas Voltaço com 1 ponto. Mas para o Vasco o embate de hoje a noite tem sim um sentido especial de reencontro: com sua torcida – que não deve comparecer em grande número – e, principalmente, com as vitórias.


O técnico interino Gaúcho fez algumas mudanças no time que vai para campo em São Januário. Sacou Allan do time e vai com três atacantes: Misael, Éder Luís e Marcel. Irrazábal entra na vaga do suspenso Fágner, que recebeu o terceiro amarelo. Ramon, que fez um gesto obsceno para a torcida no último jogo, pediu desculpas publicamente e ganhou mais uma chance.


O jogo tem todos os ingredientes para que o time da Colina retome o caminho das vitórias. Em casa, um adversário fraco e sem perspectivas, mudanças acontecendo, Carlos Alberto e Felipe voltando a treinar com o grupo e um novo trabalho por iniciar.


Hoje pode ser o início da temporada 2011 para o cruzmaltino. Que os maus resultados anteriores e a crise fiquem para trás, e que inicie, enfim, a corrida para trazer nosso Vasco de volta!


Confira informações sobre a partida:

Vasco x Volta Redonda

Jogo válido pela 5ª da Taça Guanabara, 1° turno do Campeonato Carioca 2011


Horário: 19h30min


Estádio: São Januário


Escalações:

VASCO: 1 - Fernando Prass [cap]; 22 - Irrazábal, 16 - Dedé, 25 - Anderson Martins e 33 - Ramon; 8 - Eduardo Costa, 37 - Romulo e 11 - Jéferson; 40 - Misael, 7 - Éder Luis e 9 - Marcel. Técnico: Gaúcho.



VOLTA REDONDA: Mauro; Thiago Maciel, Lombardi (João Gabriel), Padovani e Fabinho; Bruno Lança, Jonilson, Radamés e Lopes; Leandrinho e Pedro Henrique (Gilmar).

Técnico: Dário Lourenço.


Arbitragem:


Árbitro: Djalma José Beltrami Teixeira


Árbitro Assistente Nº 1: Silbert Faria Sisquim


Árbitro Assistente Nº 2: Wendel de Paiva Gouvêa

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Que Deus te abençoe, Ricardo Gomes

O novo técnico será apresentado nesta quarta-feira (02) as 17h com boa parte da torcida esperando algo melhor. Particularmente, não quero criticar antes de ver seu trabalho no Vasco. Espero que ele saiba da total dimensão da situação atual do clube e, principalmente, dos anseios da torcida.

O treinador de 46 anos chega com algumas missões bem complicadas: apaziguar uma briga entre CA19 e Dinamite. Avaliar a reintegração desse jogador e de Felipe ao grupo. Levantar o moral de seus novos comandados. De prima, tentar amenizar o sofrimento da imensa torcida que não está nada feliz. Dar uma “cara” ao time dentro de campo; enfim, que Deus te ajude Ricardo Gomes, entendo que está com uma bomba no colo, e já tem minha admiração em aceitar o desafio.


Além dos problemas citados, o técnico ainda terá que conviver com as loucuras e pressões dos bastidores de um ano político que promete ser ainda mais conturbado que a eleição de Dinamite, há quase 3 anos atrás.


E lembre-se, a torcida espera há quase 8 anos gritar é campeão. É cedo, mas convença a diretoria que há jogadores que não merecem permanecer no clube por insuficiência técnica, faça uma faxina, e solicite jogadores de alto nível que possam elevar o Vasco ao lugar que lhe é merecido, o topo.


Que Deus te abençoe!

sábado, 29 de janeiro de 2011

A hora da virada ou do fracasso

O atual presidente Roberto Dinamite afirmou ontem que nunca tinha vivido um momento tão difícil como esse. A meu ver, esse pode ser “O Momento” Sr. Presidente. A crise está acontecendo no momento mais oportuno, no início da temporada, quando as competições mais importantes ainda estão distantes no calendário. Esse pandemônio que se tornou o Vasco hoje pode, se o presidente quiser, se transformar em apenas uma “marolinha” como já disse outro presidente. Dinamite tem em mãos não um problema, e sim uma oportunidade de, enfim , consertar todos os erros e preencher as expectativas da torcida.

Suas primeiras atitudes foram corretíssimas. Demitiu o treinador e afastou os “cabeças” de um motim claro e vergonhoso, demonstrando atitude e mostrando quem manda na colina. Parabéns Dinamite - por ter feito o que é a sua obrigação - e não se omitir e se esconder através de declarações “em cima do muro” como sempre.


Esse pode ser o momento divisor de águas. Ou o Vasco volta a se agigantar, ou se apequena e acomoda. A contratação de um treinador de nível seria o primeiro passo. O segundo é admitir que o elenco é fraco, limpar os pernas-de-pau, e trazer jogadores de alto nível para a disputa das competições nacionais e da sul-americana.


E vamos ser sinceros presidente, não estamos cobrando nada demais. Nada daquilo que o torcedor espera de um clube do tamanho do Vasco e nada além daquilo que foi prometido por você em campanha. Chega “mi mi mi” e traz o meu Vasco de volta!

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Acabou!

Sim, é o fim da paciência. Me segurei diante dos dois primeiros resultados ruins. Parei mesmo antes do fim do Brasileirão 2010. Não queria que este blog ficasse taxado como um muro de lamentações. Mas não tem jeito, o time colabora para isso.

Três derrotas consecutivas para times pequenos no Carioca 2011 eu nunca tinha visto. Da última vez que aconteceu, foi há 3 meses antes de eu nascer. Nunca precisei passar por tamanha humilhação. Ontem saí para beber e assistir ao jogo, fiquei triste em ver a decadência de um time. Até mulambos que estavam em mesas ao lado, entre uma piadinha e outra, se revoltavam com a situação atual do Vasco. É lamentável!


Não sei quem afirmou que o Vasco tinha uma boa base para esse ano. Vasco tem um time torto, cambeta, que parece um bando quando ataca, não marca nada, e a defesa entrou em pane. Fernando Prass ontem foi o total reflexo do momento. A muralha mais parecia uma peneira. O time está com o psicológico horrível, se tomar um gol antes de fazer, desanda ainda mais.


Lamentável também essa diretoria. Não toma uma atitude, não comete a “loucura” de contratar jogadores que realmente mereçam estar com a cruz de malta no peito, não demite um técnico desgastado por não ter dinheiro para multa rescisória, não toma uma atitude com o elenco, fica no mesmo discurso, como se palavras superassem atitudes no delicado momento que passamos; que vê os rivais se matarem por reforços descentes e sofre para contratar desconhecidos que ainda não mostraram a que vieram; que faz apostas nas contratações, como se o Vasco fosse um cassino, enfim, a gestão atual fracassou.


Somente o marketing funcionou. E por pouco tempo. Duvido lançarem alguma campanha nos moldes de “O sentimento não pode parar” agora. Torcedor não é burro. Somente sentimentos negativos tomam conta da maioria da torcida agora. Ódio e vergonha são os mais representativos. É um momento que só desejaríamos para mulambos, fora eles, torcedor nenhum merece passar por essa humilhação.


Dinamite, faça-nos o favor de não concorrer à reeleição. Admita seu fracasso. Deixe o Vasco longe de suas mãos podres. Em quase 3 anos da sua gestão passamos as maiores vergonhas da história do time. O Vasco está perdendo mais um ídolo. Você arriscou essa vaga para ficar marcado como o presidente que mais apequenou o clube. Os outros tiveram seus erros, mas ninguém conseguiu errar tanto seguidamente e insistir nos mesmos.


Escolhi escrever esse texto antes da vergonha maior que se aproxima: de ser goleado por mulambos no domingo. Achei melhor para manter um nível alto por aqui.


Dinamite, pede pra sair. Já deu! Ninguém te suporta mais. Seu amadorismo e incompetência refletem no campo e nós torcedores é que sofremos. Chega! Fora Dinamite!