segunda-feira, 28 de março de 2011

Enfim, de volta ao reino?

O presidente do Vasco da Gama, Roberto Dinamite, em entrevista ao Globoesporte.com confirma a vinda de Juninho para a Colina no meio do ano. O contrato do meia com o Al Gharafa do Qatar termina em junho. Dinamite afirma que as bases do contrato do jogador com o clube de São Januário já estão prontas e que uma parceria com a empresa Penalty, fornecedora de material esportivo do clube, garante o acordo, sendo que o compromisso financeiro do clube seria mínimo nessa transação. O presidente afirmou ainda que o projeto para repatriar o ídolo da torcida vascaína vai além: quando aposentar as chuteiras, Juninho Pernambucano continuará no Vasco, exercendo alguma função dentro do clube. Nas palavras do presidente, só falta o “sim” do jogador.

Agora vamos analisar com calma. Claro que dirá sim, mas: Juninho já tem 36 anos e vem jogando no Qatar há duas temporadas, onde todos sabem que é somente um jogo por semana e não há treinos. O clube vem tentando há anos, sem sucesso, repatriar o jogador. Quando o Vasco caiu para Série B, Juninho estava deixando o Paris Saint Germain e preferiu seguir para o mundo árabe. As eleições para presidência no Gigante da Colina se aproximam, e Juninho mexe com o orgulho da torcida, boa cartada para Dinamite, que tentará reeleição.


A favor do jogador fica a sua indiscutível posição de ídolo da torcida por tudo que fez e conquistou pelo Gigante da Colina. O amor do jogador pelo time da Cruz de Malta também não se discute. Apesar de ter preferido outros caminhos quando o Vasco mais precisava, Juninho pensou em si, sua família e sua carreira, vitoriosa por onde passou. Poderá não estar em sua melhor forma física, mas é dedicado em campo, assim como Felipe, sempre tira da manga um lançamento, um passe magistral ou uma falta bem batida, desequilibrando qualquer jogo, como fazem os craques.


Não acredito que seja por dinheiro ou simpatia política pelo presidente. Juninho sempre planejou bem sua carreira e sabe que a hora de parar se aproxima. Comenta-se que o meia teria exigido pouco para sua volta, e uma das solicitações seria que o Vasco montasse um elenco competitivo, o que hoje é realidade.


Pelo sim e pelo não, ídolo é ídolo, assim eu penso. Ele pode não jogar todas as partidas; pode ajudar Dinamite a se reeleger; pode (e deve) ter sim um cargo no Vasco após sua aposentadoria. O que passou, passou. Não guardo mágoas. E se alguém ainda quer medir se é boa ou não a volta do Reizinho da Colina, afirmo sem medo de errar que o Vasco só tem a ganhar.


Serão vendidas mais camisas. A torcida comparecerá em maior número aos estádios. Contagiaria o grupo. Ensinará os menos experientes. Trará maior segurança ao time. Na boa? O reizinho tem muito que contribuir com o atual time do Vasco. Não acredito que um craque desaprenda a jogar. Felipe, quando retornou na mesma situação, e há mais tempo no mundo árabe que Juninho, também sentiu a diferença, mas já se enquadrou e vem desequilibrando. Por fim, acredito que Ricardo Gomes ganhará um grande jogador, a torcida terá seu orgulho elevado ao nível máximo novamente e o time um ímpeto a mais no campeonato mais difícil do mundo, o Brasileirão.


Volta reizinho!!!!!


Até a próxima!

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