quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Menos política e mais futebol

Já não é de hoje que uma crise assola o Vasco da Gama. Há anos o clube tem o “poder” de criar suas próprias crises. Elas surgem internamente, muitas vezes, quase sem explicação. Não é regra somente da diretoria atual, a gestão do presidente anterior também tinha esse péssimo “dom”. No fim das contas, quem perde é a instituição e os torcedores.


Não sou nenhum aficionado pela política do clube. Para falar a verdade, como só escrevo como torcedor, retirando a minha vestimenta de jornalista, e que acompanha de longe o que acontece com o clube e com o time, sem o privilégio de jornalistas esportivos que cobrem o Gigante da Colina, só sei o que a imprensa passa, e posso me dar o direito em opinar sobre o assunto.


E lá vai a opinião deste torcedor blogueiro (não leia em hipótese alguma jornalista): O Vasco precisa de uma diretoria que trabalhe para o time e pela instituição. Precisamos de dirigentes sérios, comprometidos somente com resultados. As pessoas que gerenciam a instituição devem ter a única preocupação de formar um time vencedor.


Desde que Eurico Miranda e Dinamite travaram guerras sobre a política do clube, o torcedor passou a ter ainda mais essa preocupação, quando na verdade, na minha humilde opinião, deveria se preocupar somente se o time ganhou ou perdeu, se vai chegar ao título ou não. E se a resposta for negativa, cobrar empenho do time ou cobrar reforços da diretoria e ponto final, sem levantar bandeira de político algum e debater o que não deveria nem estar em sua pauta.


O que mais se vê hoje em dia é torcedor do Vasco discutindo sobre as eleições do clube. Briguinhas inúteis que não levam a nada. A torcida fica se dividindo entre grupos de candidatos A, B ou C. Essa guerra idiota de grupos políticos enraizou-se na torcida e esta está rachando aos poucos. Acredito que nenhum torcedor deixará de ser vascaíno se o candidato a quem é simpático sair derrotado das eleições. Porém, independente do resultado nas urnas, o debate político será ainda mais alimentado, principalmente quando os resultados em campo são ruins, e o clube também sai perdendo nesta.


Quando Eurico candidatou-se, a torcida o embalava, daí vieram os maus resultados, e o herói fez-se vilão. O salvador seria Dinamite, e mais uma vez o efervescente debate político aflora; este ganhou nas urnas, mas os títulos também não vieram. Para mim, isso só demonstra que as prioridades do torcedor estão, no mínimo, distorcidas. Pode parecer até contraditório agora, visto que várias críticas foram feitas neste mesmo blog à administração atual, mas independente de quem ganhe as eleições ou esteja na gestão do Clube de Regatas Vasco da Gama, desejo que passe despercebido perante as conquistas do time. Estou me excluindo o direito aos posts com críticas aos políticos da instituição neste momento. O brilho deve ser somente para a instituição e para um elenco vencedor. Presidente nenhum entra em campo, seja para ajudar ou atrapalhar em uma partida. O que quero mesmo é uma diretoria comprometida somente com títulos. Não quero ficar escrevendo sobre os homens de terno e gravata e sim sobre os de chuteira. Fiz esse blog no intuito de falar sobre o time, o clube, e não sobre homens que nem vejo bater um lateral sequer quando estou sofrendo ou comemorando um resultado do TIME em campo.


Chega de se preocupar com quem não deveria nem ser conhecido pelo torcedor. Quero escrever sobre o time, e que os holofotes estejam sempre voltados para as estrelas do gramado, e não para as sociais.


Saudações vascaínas!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Voltando a sorrir!

E o Vasco voltou a vencer. Uma vitória convincente ontem contra o Americano em São Januário serviu para dar ânimo à equipe que estava cabisbaixa e apática. Boas atuações de jogadores que vinham mal, como Fernando Prass (que pegou até pênalti) , Dedé (que fez um golaço de falta) e Ramon (que acertou cruzamentos e saiu aplaudido pela torcida) demonstram que o time caminha para se acertar em campo. Na partida já deu para perceber também que o rápido trabalho de Ricardo Gomes já faz efeito; o time teve mais disciplina tática e o melhor; vontade de vencer.

Nada como uma vitória convincente para acalmar o elenco e dar um pouco de sossego para a torcida, que levou faixas de protesto para a partida pedindo jogadores de peso e, principalmente, para a diretoria “Pensar grande e agir como gigante”. Nada mais justo pelo momento que estávamos enfrentando.


O time enfim reencontrou o caminho das vitórias. Mas ainda não é um grande elenco. Para o Carioca pode ser que “dê para o gasto”, não mais que isso. A vitória de ontem já nos deixa com um esboço de alegria; um sorriso maroto no canto da boca. O Vasco é maior que isso. A torcida quer soltar o grito de campeão entalado há anos, e para tal, um elenco que condiz com o tamanho do clube se faz necessário e urgente.



No mais, espero que ontem tenha sido o início da reviravolta do time da virada!


Saudações vascaínas!

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Chovendo no molhado

Abro esta coluna com a seguinte declaração: “Não adianta querer procurar desculpas para a incompetência. A raiz dos problemas está na falta de amor ao Vasco. As pessoas que estão lá não possuem amor à instituição. Apesar da necessidade de ser profissional, isso não é uma empresa, é um clube. Precisa ter paixão, se envolver, renunciar algumas coisas pelo bem do clube. Faz parte do processo e isso não é feito pela atual administração”. Gostei mesmo quando li. Foi dada por Eurico Miranda, ex-presidente do Vasco em entrevista ao UOL, e pode ser conferida na íntegra clicando aqui.


Não estou fazendo campanha para A ou B aqui. Não preciso disto. Mas não há o que questionar na declaração do ex-presidente. O momento atual reflete isso. Logicamente, no futebol moderno, os clubes tem que se transformarem em empresas para serem competitivos. Porém o Vasco hoje é um modelo a NÃO ser seguido. Não é uma empresa, e sim um instrumento para que empresários e outros lucrem. Não se preocupam com a instituição. O Sr. Carlos Leite, por exemplo, é o empresário de diversos jogadores do elenco atual, e vai aumentando seu leque com os jogadores da base. O que o Vasco está ganhando com isso? Nada!


O discurso da atual administração mudou assim que assumiram. Antes era fila de investidores, jogadores de renome e títulos. Agora, a culpa de fulano, pegamos o clube quebrado, vamos melhorar, o time é bom. Nada disto! Se insistem tanto em dizer e comparar com a administração anterior, mostrem o que fizeram para mudar isso. Acumulamos vergonhas e recordes negativos. Não conseguimos ganhar do Volta Redonda em São Januário. Temos um time que beira o medíocre. Desrespeito de jogador com o presidente. Enfim, poderia ficar aqui enumerando dezenas de problemas que nada transformaria essa administração melhor ou pior que a anterior. Se desejam comparar, veja na matéria do UOL citada acima o número e a importância dos títulos do Vasco quando Eurico Miranda era dirigente do clube e tirem suas próprias conclusões.


O Vasco está sucateado. Pior do que toda a devastação feita até então é não ter perspectivas de melhora. Eurico afirma que é preciso “renunciar algumas coisas pelo bem do clube”. Para mim, isso nada mais é que fazer o pequeno “esforço” de deixar de pagar dívidas para montar um elenco decente. Dívidas dos clubes cariocas são praticamente impagáveis. Há 11 anos atrás o Vasco era o mais temido do Brasil, com um elenco estelar que ganhava tudo, favorito em qualquer competição que entrava. Hoje o time do Vasco é bônus. São três pontos garantidos para os rivais. É o time pequeno com história de grande. Apequenaram o time e agora o fazem com a instituição. E não demonstram nem um esboço para mudar esse quadro.


O sonho de ter um ídolo na presidência virou o pior pesadelo da vida dos vascaínos. Os que lá estão judiam de quem está na arquibancada. Eles moram em apartamentos de luxo, muitos dos responsáveis pela “profissionalização” da gestão do clube nem vascaínos são. Eles não sofrem como a torcida. Não viram alvo de chacotas dos rivais. Mas criticar essa atual gestão já é o mesmo que “chover no molhado”.


Sem perspectivas, lamento que possa estar assistindo ao início do fim de um clube que já deu tantas alegrias a sua torcida. Contribuiu como nenhum outro ao futebol. Mas que está tendendo a se tornar apenas história se uma atitude de amor a instituição não for tomada. Se vira Dinamite. Ou apenas admita que falhou e não tente a re-eleição.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Vasco x Voltaço: Temporada 2011 começando

Pode não valer mais nada em relação a classificação na Taça Guanabara, mas o jogo de hoje tem grande importância para a re-habilitação do Gigante da Colina. O Vasco enfrenta o Volta Redonda em São Januário após 3 rodadas fora de sua casa e 4 derrotas seguidas, a última para o arqui-rival.

O jogo desta quinta-feira (03) acontece as 19h30min contra um adversário vizinho da tabela. O cruzmaltino em último com nenhum ponto enfrenta o também sem perspectivas Voltaço com 1 ponto. Mas para o Vasco o embate de hoje a noite tem sim um sentido especial de reencontro: com sua torcida – que não deve comparecer em grande número – e, principalmente, com as vitórias.


O técnico interino Gaúcho fez algumas mudanças no time que vai para campo em São Januário. Sacou Allan do time e vai com três atacantes: Misael, Éder Luís e Marcel. Irrazábal entra na vaga do suspenso Fágner, que recebeu o terceiro amarelo. Ramon, que fez um gesto obsceno para a torcida no último jogo, pediu desculpas publicamente e ganhou mais uma chance.


O jogo tem todos os ingredientes para que o time da Colina retome o caminho das vitórias. Em casa, um adversário fraco e sem perspectivas, mudanças acontecendo, Carlos Alberto e Felipe voltando a treinar com o grupo e um novo trabalho por iniciar.


Hoje pode ser o início da temporada 2011 para o cruzmaltino. Que os maus resultados anteriores e a crise fiquem para trás, e que inicie, enfim, a corrida para trazer nosso Vasco de volta!


Confira informações sobre a partida:

Vasco x Volta Redonda

Jogo válido pela 5ª da Taça Guanabara, 1° turno do Campeonato Carioca 2011


Horário: 19h30min


Estádio: São Januário


Escalações:

VASCO: 1 - Fernando Prass [cap]; 22 - Irrazábal, 16 - Dedé, 25 - Anderson Martins e 33 - Ramon; 8 - Eduardo Costa, 37 - Romulo e 11 - Jéferson; 40 - Misael, 7 - Éder Luis e 9 - Marcel. Técnico: Gaúcho.



VOLTA REDONDA: Mauro; Thiago Maciel, Lombardi (João Gabriel), Padovani e Fabinho; Bruno Lança, Jonilson, Radamés e Lopes; Leandrinho e Pedro Henrique (Gilmar).

Técnico: Dário Lourenço.


Arbitragem:


Árbitro: Djalma José Beltrami Teixeira


Árbitro Assistente Nº 1: Silbert Faria Sisquim


Árbitro Assistente Nº 2: Wendel de Paiva Gouvêa

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Que Deus te abençoe, Ricardo Gomes

O novo técnico será apresentado nesta quarta-feira (02) as 17h com boa parte da torcida esperando algo melhor. Particularmente, não quero criticar antes de ver seu trabalho no Vasco. Espero que ele saiba da total dimensão da situação atual do clube e, principalmente, dos anseios da torcida.

O treinador de 46 anos chega com algumas missões bem complicadas: apaziguar uma briga entre CA19 e Dinamite. Avaliar a reintegração desse jogador e de Felipe ao grupo. Levantar o moral de seus novos comandados. De prima, tentar amenizar o sofrimento da imensa torcida que não está nada feliz. Dar uma “cara” ao time dentro de campo; enfim, que Deus te ajude Ricardo Gomes, entendo que está com uma bomba no colo, e já tem minha admiração em aceitar o desafio.


Além dos problemas citados, o técnico ainda terá que conviver com as loucuras e pressões dos bastidores de um ano político que promete ser ainda mais conturbado que a eleição de Dinamite, há quase 3 anos atrás.


E lembre-se, a torcida espera há quase 8 anos gritar é campeão. É cedo, mas convença a diretoria que há jogadores que não merecem permanecer no clube por insuficiência técnica, faça uma faxina, e solicite jogadores de alto nível que possam elevar o Vasco ao lugar que lhe é merecido, o topo.


Que Deus te abençoe!